Gain Your Copy Sua Majestade, A Morte Assembled By Armando Tavares Available As Paper Copy

Tavares com “Sua Majestade, a Morte”, trata de repensar a forma como o ser humano vê a morte, um esqueleto sobre um manto negro que atormenta as pessoas.
Tomando como personagem principal e narrador da ação a própria Morte, o escritor retrata a história de um escritor que é poupado pela Morte de forma a que ele possa prosar sobre ela de uma forma mais verossímil daquela que era feita na época.
Para explicitar o seu papel ao acabar com a vida de um individuo, a morte afirma que apesar de ser um ser que determina ao futuro das pessoas, as suas decisões são prelimitadas e bem pensadas.
Para explicar melhor a forma como escolhia as “vitimas” ou “sortudas” dependendo da vertente que o leitor lê o texto , a morte apresenta diversos casos de Mortes.


O primeiro retrata um casal que tem um filho que desde o berço estava predisposto para não fazer nada da sua vida, iria viver para comer e não comer para viver.
Apesar das diversas tentativas para instruir a criança a ler , a aprender, o individuo demonstrava desinteresse e nem psicólogos, professores e outros médicos conseguiram resolver o problema.
A “morte” ao ver que o homem não fazia nada para mudar, não lutava por nada e vivia com tamanha mordomia decide “castigalo” através do impedimento de comer, apertandolhe a garganta até o ponto que o homem morre.


O segundo caso apresentanos a história de um proprietário de um grande armazém de sucesso, Apesar do negocio durante um certo período prosperar, o investimento acaba caindo levando ao falimento da propriedade, Perdido e “louco”, sem senso da vida é enviado para um local de tratamento de pessoas loucas, no qual consideramno um caso perdido, Perdido, tornase uma pessoa que pouco se importava com a vida, tornandose algo com pouco interesse para a Morte, prolongando a sua vivencia, mas após o individuo “acordar” para a vida e perceber o estado que estava, a morte decide pouparlhe o sofrimento e dálhe uma morte breve.


Já no terceiro caso seguese outro rumo, o “suicídio”, O relato conta a historia de um médico jovem que decide ir para um bairro que ninguém queria saber devido as inúmeras doenças causadas pela má higiene e alimentação pobre , bem como a boémia.
Com o contacto com os vizinhos começa a perceber que não poderia ter um consultório lá, porque ninguém queria saber do que ele dizia, ele era sobrevalorizado, mas algo o prende

lá, uma rapariga que acaba apaixonandose e engravidando.
Após um período no bairro, sem qualquer tipo de evolução nas investigações e na tentativa de mudar mentalidades, ele decide voltar para casa para “resolver problemas”, e que voltaria.
Com o desespero pela falta do médico e amor, a rapariga entra por um calvário que resulta no seu suicídio,

Logo após isso o narrador retrata a criação de mecanismos para uma morte não por doença, suicídio, mas pelos próprios instrumentos criados pelo homem.
Fala de uma mulher adúltera que trai o marido e o leva a matar o amante, Corrupta , convence o juiz a atribuir como sentença de morte a um homem que foi enganado e o que queria era ter uma família feliz.
Vitima da maldade dos homens, a morte poupa ao sofrimento de uma máquina de tortura e põe fim à vida do homem com a parcialização do coração, o homem morreu feliz aqui já concordo mais com os motivos da morte.


Por conseguinte a morte destaca o cliché comum de após alguém morrer afirmarse que a pessoa era ótima pessoa, um santo.
Através de um itinerário entre o presente e o passado, retrata a historia de um velho que até de si próprio tirou o pão em proveito do dinheiro.
Cobrava juros elevados e ninguém gostava dele, maltratava até a empregada, Com tanta sede de dinheiro acaba morreu queimado nele, deixando o Asilo que prometera deixar ao menos serviu para algo,

Após isso classifica as mortes acidentais que as pessoas consideram “estupidas” e conta a historia de uma bailarina que se torna um fenómeno mundial.
Apesar do sucesso e do vencimento a paralisia e o surgimento de uma hemorragia cerebral, a morte encarregoulhe a morte por asfixia no próprio écharpe, pode ser considerada estupida, mas não passa de uma morte como tantas outras, não há que menosprezar.


Prosseguindo na sua enumeração de casos, a narradora apresentanos o caso de uma mulher que tinha acabado de ser operada e em risco de morrer, mas mal a morte surgiu iniciou o seu testamentário da vida.
A sua “suposta” âncora era um homem vários homens que conhecera durante a sua vida, Inicia o calvário pela forma como conheceuo, interessouse por ele, perseguio e assustouo com a noticia de um filho, Esta mulher inicialmente parece uma santa, mas não é , entregouse a boémia, despedaçou corações, causou suicídios, foi adúltera e cometeu o pior dos crimes, fez um aborto voluntário.
Lamurias não apagam o passado e o “suposto amor” como desculpa para viver é apenas um jogo psicológico por parte de alguém que não sabe ver o lado do outro.
“Que nunca se deixa totalmente de amar quem uma vez se amou” TAVARES, Armando,:,

Seguidamente a morte explicitanos o caso de uma mulher que iria causar o adultério, e não era possível evitar o inevitável.
Tentada por outra madame, a mulher começa a ter encontros às escondidas com um banqueiro, estando de certo modo a trair o marido, desgraçando a vida deles durante esses encontros que mudaram o ambiente familiar.
De forma a honrar a família e evitando a consumação do pecado, A morte faz o carro derrapar matando as pecaminosas,

O livro concluise com o paradoxo entre a vida e a morte, Enquanto de um lado temos os médicos, psicólogos, cientistas tentando desvendar as curas para as mais diversas doenças, para alongar a vida, temos de outro lado as armas.
A guerra constante que mata, sem que a morte ponha os seus próprios e esqueléticos dedos, O homem cria o próprio destino e a forma como ele culminará, a Morte só ajuda na transição da Vida para a Morte.


“Vive o dia de hoje de bem contigo e com o teu semelhante, Não te esqueças que existo para ti e para o teu semelhante” TAVARES, Armando,:,
Read this book in my teenage years and loved it, Very hard to come by, Hope to find it again in my travels to Portugal,


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