book and super fast to read Distopian novels are my go to these days and I am so so Happy to have requested this one, because it proves that portuguese writers can also step their game to the international distopian competition Wish they made a movie out of this!
Num futuro distante, comprovada matematicamente a existência de Deus, os homens são obrigados a trocar os seus nomes por números.
Erguese uma ditadura global, em que todos são controlados e descaracterizados, uma sociedade de uma única religião, em que os algarismos definem tudo pessoas, países, ruas, animais , em detrimento da essência de cada um.
A descrição chamoume bastante à atenção, mas o que me fez ler foi o "Por vontade expressa do autor, a presente edição não segue a grafia do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa" e este é, assim, um dos primeiros livros em Português que leio desde a imposição do AO.
Foi muito fácil e rápido de ler, a escrita é simples mas muito inteligente, com um estilo que lembra Saramago mas melhor e mais fácil de compreender, na minha opinião! Num mundo onde não existem nomes e tudo é classificado por um número, encontramos Um Nove Um Seis, um jovem que trabalha num call centre e para quem a vida não é muito mais do que o trabalho e o telemóvel, que lhe permite organizar a vida detalhadamente.
No fundo, mais um cidadão anónimo numa sociedade controlada e materialista, da qual os nomes foram eliminados, após a comprovação matemática da existência de Deus.
Numa noite, aparentemente igual a tantas outras, Um Nove Um Seis sofre um surto psicótico e é internado num hospital psiquiátrico, É aí que, com a ajuda do colega de quarto, mais velho que ele, Um Nove Um Seis vai aprender mais acerca da realidade da sociedade onde vive, da resistência clandestina que escreve poesia para se opor ao regime, e, bastante importante, acerca de si próprio e do seu passado.
Escrito de forma nãolinear, com o presente a alternarse com flashbacks do passado, Samuel Pimenta transportanos até um mundo aterrador, numa história empolgante, que se lê num instantinho, e que ainda coloca algumas questões no que diz respeito ao crescente materialismo que se tem observado.
Gostei muito deste livro, Não conhecia o autor e foi uma agradável surpresa,
Como escrevi lá em cima, o livro lêse bastante depressa afinal de contas, são menos de duzentas páginas! Sendo uma distopia que me prendeu desde as primeiras páginas, estranho seria se demorasse muito tempo a ler.
A escrita fezme lembrar Saramago, com os diálogos separador por vírgulas, mas isso não me fez gostar menos da história, Bem pelo contrário.
Enfim, um livro que merece ser lido, Afinal de contas, é uma distopia escrita por um autor português, E com uma história que merece ser conhecida, Só posso recomendar. Existem livros que nos ficam na memória durante muito, muito tempo, Mesmo tendo terminado este livro há umas boas semanas, mantenho aquele burburinho na minha cabeça, como que a actuar em background, alertandome para os lugares comuns em que posso cair.
Penso que é esse o maior poder de Os Números que Venceram os Nomes o causar um tal impacto que receamos transformarnos em autómatos seguidores de massas e tendências, dando tudo como certo, aceitando tudo sem questionar, sem nunca levantar a dúvida ou ousar pensar diferente.
É uma obra pequena, que se lê num fôlego e em poucas horas, porém enorme no significado, na redescoberta interior das nossas motivações e convicções.
O mundo distópico que nos é apresentado arrepia, revolve as entranhas e assusta por não ser tão difícil assim imaginar um futuro onde estamos despersonalizados, onde não passamos de marionetas.
Imaginam um mundo onde a poesia, a música, a arte em geral não significa nada O mais alarmante é o quão redutora se torna a existência, a experiência humana enquanto ser vivo.
Um Quatro Um Seis, o protagonista desta obra, é quem nos dá a mão no romper entre o sonho e a loucura, a dúvida e a determinação, o bater com o pé contra tudo aquilo que nos é imposto e induzido.
A escrita do Samuel, mesmo em prosa, consegue ser poética, bela e aterradora ao mesmo tempo, Em tão tenra idade, já tanta maturidade,
Confesso que me causa algum espanto não ouvir falar mais sobre este livro do que tenho ouvido, Talvez por isso esta opinião também chegue umas boas semanas mais tarde do que o término na leitura, que foi aquando da sua publicação, em Setembro.
É necessário manter estas obras vivas, o nome na memória e nos olhos das pessoas, Conheço o Samuel Pimenta quase há tanto tempo como o que tenho o blogue, já lá vão pelo menos cinco anos, e conheço poucas pessoas tão conscientes e sensíveis às fragilidades do ser humano.
Em harmonia, é também das pessoas mais corajosas e lutadoras, Este livro reflecte muito da sua personalidade, da sua ousadia e da não conformação com a estagnação, Está mais do que recomendado, Que escreva muito mais obras,
é o que posso desejar! Os Números que Venceram os Nomes é um romance de Samuel Pimenta, que ganhou o Prémio Jovens Criadores Literatura.
Não é de todo fácil classificar este livro, é uma distopia que, ao mesmo tempo, é também uma parábola, Um livro que perturba, mas que alerta, ao mesmo tempo para a desumanização que está a dominar a nossa sociedade,
A ação decorre num futuro indeterminado, num momento em que, comprovada matematicamente a existência de Deus e de uma única religião por meio de uma fórmula matemática, os homens veemse obrigados a trocar os seus nomes por números.
Élhes feita uma lavagem cerebral e, caso alguém se questione ou vivencie uma situação que ponha em risco esta nova sociedade, é internado em hospícios, onde continua a lavagem cerebral, com medicação que não lhes permite lembraremse que não são mais do que um número.
Tudo passa a ser regido por números pessoas, países, ruas, animais, Como se de máquinas se tratasse e não de pessoas, já que estas deixam de ter identidade, passando a ser um número de um sistema de dados.
Um Nove Um Seis é um rapaz que vive sozinho e trabalha num call center, Certa noite, cruzase com um gato na rua e começa a ter visões de acontecimentos passados, com esse gato, É internado num hospício. Partilha o quarto com um velho inconformado, que o alerta para a necessidade de não tomar os comprimidos que lhe dão, que é isso que o novo regime quer, anular todos os seres e formatálos.
É, ao seguir os conselhos do velho, que Um Nove Um Seis tenta descobrir quem é, o que é um nome e qual a sua função,
É um livro pequeno, mas não tinha de ser maior para cumprir o seu objetivo,
Gostei muito da forma como Samuel escreve, direta e atenta, Ler este livro é como respirar de um só fôlego!
Recomendo!
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Get Your Copy Os Números Que Venceram Os Nomes Envisioned By Samuel Pimenta Published As Interactive Edition
Samuel Pimenta