Get Your Hands On Depois De Morrer Aconteceram-me Muitas Coisas Imagined By Ricardo Adolfo Published As EPub
da delícia de Mizé, Depois de morrer aconteceramme muitas coisas é um livro claustrofóbico, onde uma simples ida às compras num domingo à tarde se torna um pesadelo para um casal tuga mais o pequeno filhoque emigrou para "a ilha"Inglaterra e que não sabendo ainda a língua do país, perde o caminho para a casa.
Quase sem diálogos, passado praticamente apenas na cabeça do homem, com os seus pensamentos desde matar Deus a si próprio, um homem que parece tomar sempre as decisões erradas decidindo então fazer sempre o contrário do que acha estar correcto, um exact opposite à lá George Constanza, Depois de Morrer é uma leitura mirabolante construída com pouco material, com pequenos acontecimentos do dia a dia, restando ao leitor identificarse e torcer pela personagem ou não.
O enredo passase em cerca dehoras, mas para o leitor o tempo e a leitura podem parecer demorar muito mais a passar.
O autor escreve bem e a história é interessante, mas, na minha experiência pessoal, achei angustiante, E mais não digo, para não correr o risco de spoilers, Tenho algum respeito por um autor que escreve um livro com o título "Os chouriços são todos para assar", Já tinha ouvido falar do livro "Mizé" mas não conhecia nada deste autor, Revelouse uma leitura cómica e satírica, que nos prende apesar dos muitos devaneios e labirintos psicológicos,
O estilo de escrita tem nos diálogos os toques da oralidade:
", . . o qué cachas, perguntoume a Carla
do quê
do qué cavia de ser
tás a falar da mala, . . "
Pág
A história é perfeita e cai que nem uma luva a muitos portugueses emigrantes,
Por um lado a personagem principal pavoneiase pela possível grandiosidade que encerra cada uma das suas acções, por outro, queixase de não saber tomar decisões.
É também o retrato da precaridade, da solidão e da perda de identidade do emigrante,
Acho que ele não usou a palavra saudade, mas a todos todos trata por vizinho e muito disse sobre a falta que a "terra" lhe fazia.
Esta que acaba por se ir também perdendo na sua própria definição:
"Na verdade era uma mentira, a terra que um dia tinham deixado já não existia" pág.
Um livro que me era completamente desconhecido e que gostei bastante, A história de um emigrante numa terra onde não conhece a língua, não a fala nem a compreende, e tudo o que vai pensando nas diferentes situações que lhe acontecem.
Porque ir para longe da nossa terra pode ser uma opção, ou não, Fiquei um pouco desiludida, pois espera muito deste autor,
Apesar disso, a escrita está super original, Ricardo Aldolfo fezme rir imenso com a sua crítica à sociedade, e revime em imensas coisas! Um livro carregado de verdades! Um retrato triste, mas ao mesmo tempo hilariante, do que é ser estrangeiro numa terra em que ninguém tem tempo para nós.
"nem saber falar, há quanto tempo é que já aqui anda vêm práqui, não fazem esforço nenhum, só dão mau nome a quem cá anda.
você não pode andar praí sem saber falar, essa é qué essa, aqui não querem gente com passado, "
uma mensagem forte para os que queiram mudarse por um país novo, aprendam a língua antes de mudarem, e também, sempre tragam uns mapas consigos, não gostei muito desse livro mas tinha que lêlo para a faculdade, espero que vá encontrar livros diferentes no futuro, talvez uns com um pouco mais sentido e um pouco menos abstração e mistérios óbvios como por exemplo o nome da ilha, que, claro, é o Reino Unido.
As aventuras do Ricardo Adolfo em Tóquio impressionaramme tanto que, passada uma semana, cá estou de volta a ele, O humor na literatura é amiúde subestimado, e ainda mais em Portugal em que o cenário de um bom romance passa amiúde pelas amarguras de armário.
Neste romance, as amarguras são estar fora dele do armário, isto é, do pequeno quarto alugado que faz de cozinha/sala/quarto/WC e deixemme que vos diga, adorei cada passo do caminho.
Já morei no Reino Unido como os protagonistas deste romance, mas as semelhanças entre nós acabam por aí, Enquanto eu tive todos os privilégios de estar lá apenas para estudar e de conhecer bem a língua, o Brito e a Carla passam todos os dissabores de quem se faz à vida completamente despreparado para ela.
O nível de falta de inadequação é estendido ao limite: não são só os “ilhéus”/britânicos que os deixam do lado de fora da sua percepção, é também o nosso casal de portugueses que corrobora a parede invisível ao não considerar a adaptação ao novo contexto em qualquer aspecto prático.
Não há definição possível para “portugalidade”, mas Brito encarna o nosso imaginário do “tuga de gema” que vê a bola e que, quando se ofende, ameaça que “lhe vai ao focinho”.
A sua condição de português é por ele encarada como imutável, garantindolhe o direito a um comportamento indiferenciado quer esteja “na sua terra”, quer esteja em Londres.
É também esta identidade nacionalista mágica que justifica a sua noção de que todos os portugueses lhe devem companheirismo nesta sua solidão.
Nunca antes havia sido tão trágica esta maneira de ser lusa em que nos fazemos “orgulhosamente sós”,
O aspecto com que a maior parte dos emigrantes portugueses se poderão identificar é a imagem que concede a narrativa a esta obra: a impossibilidade de voltar a casa.
De facto, ninguém aqui põe em causa o nível de orientação dos emigrantes portugueses, refirome antes à impossibilidade de voltar ao Portugal que se deixou, a sua procura identitária vã nos pedaços de “portugalidade” comercializáveis, a noção de que nunca se voltará a servir como uma luva, nem a onde se chegou, nem de onde se partiu.
Porque esta é a ironia, na casa que perdemos, só guardamos tarecos, fotografias de tempos idos e uma jarra dos chineses, A vida é assim trágica e estranha: as novas vidas acabam sempre por canibalizar parte das velhas,
Como muitos outros casais à procura de melhores condições de vida, Brito e Carla deixaram a sua "terrinha" e partiram com o filho para um futuro incerto e cheio de obstáculos.
A situação de ilegalidade que vivem, o facto de não compreenderem a língua ou a dificuldade em arranjarem trabalho são apenas alguns dos problemas que o casal enfrenta todos os dias.
Um simples passeio familiar mudará a vida de Brito e carla, Depois de perder o caminho de casa, o casal têm em mãos o pior dos dilemas: continuar perdido para sempre ou arriscar um pedido de ajuda que pode leválos de novo à estaca zero.
"A Carla não gostava de ruas vazias, e davalhe para apertar o passo, Eu por acaso preferia. Sentiame menos mal. A ausência de pessoas fazia com que não passasse por alguém que não olhasse para mim, como acontecia todos os dias.
Um dia, sozinho, a caminho de casa, deixeime ir contra um poste só para me certificar de que estava mesmo lá, para ter a certeza de que eu não era uma imaginação minha.
Existia, segundo o poste, e nunca cheguei a perceber porque é que ninguém me via, "
extracto retirado da pág,
Com muito humor e situações, muitas vezes levadas ao extremo, Ricardo Adolfo servese das vidas de Brito e Carla para retratar as vivências e principais dificuldades dos emigrantes ilegais e não só.
O facto de passarem despercebidos no país de acolhimento e de viverem sempre com medo de serem apanhados, transformamnos em pessoas invíveis, sem voz e a viverem nas suas próprias bolhas, na medida que não estão/sentemse integrados, têm problemas em comunicar e sabem que o menor deslize pode significar o fim de tudo.
Cruel é talvez o melhor adjectivo para descrever esta história, Adolfo constrói um enredo surpreendente, emocionante, triste, cativante, sofrido e cheio de injustiças, A escrita é simples, inteligente e temperado com inúmeras situações cómicas que acabam por servir de bálsamo às desgraças,
Como emigrante, embora uma que não tenha vivido, nem de perto, os problemas do casal da história, acompanhei o sofrimento deles e com uma sensação de proximidade e um sentimento de cumplicidade que só quem vive longe da sua "terrinha" é capaz de sentir.
Uma leitura obrigatória para os que partem, mas também para os que recebem, . . Gostei, mas prefiro a Mizé e a Maria dos Canos Serrados Uma narrativa atual e que vive das peripécias de uma família, . . O pai narrador, a mãe e o filho, que depois de uma tarde de passeio pelas ruas mais visitadas da Ilha, como é apelidado o local onde se encontram, acabam por perder o sentido das ruas, estações de metro e dos percursos que teriam de tomar para um bom regresso a casa.
No que isto dá Numa excelente criação da autoria de Ricardo Adolfo e com o nome de Depois de Morrer Aconteceramme Muitas Coisas,
Um romance atual, com as personagens centrais super bem construídas e com o toque essencial para chegarem facilmente junto do leitor, Adolfo criou esta obra que remete para a emigração dos portugueses como se estivesse a viver com as suas personagens, o que me leva a ir mais longe e uma vez que é sabido que o autor também já foi ou é emigrante, será que algumas das peripécias que vão acontecendo em Depois de Morrer Aconteceramme Muitas Coisas não são próprias de quem as conta
Uma família portuguesa, um pequeno quarto no estrangeiro para onde fogem em busca de uma vida melhor, uma casa com outras pessoas com quem não conseguem comunicar por falta de conhecimentos linguísticos e um país também ele completamente desconhecido para estes emigras dos novos tempos.
O que poderia dar isto Uma grande montanha russa de pensamentos, acontecimentos e peripécias! Partir do seu país em busca de um futuro risonho e sem noção dos riscos que se correm com as mudanças é a melhor solução quando se está em fuga
O Brito é o imigrante ilegal num local que não conhece e com o qual não se identifica.
Tudo lhe é estranho, desde a comida às pessoas, e quando o regresso ao seu quarto familiar se torna numa missão impossível tudo se desenvolve e aí sim começa o bom deste livro.
Três pessoas e uma mala estão nas ruas da Ilha!
Ricardo Adolfo tem uma escrita bem atual e desdramatizada, não se remetendo a palavreados caros e complicados para explicar o que aquelas pessoas comuns sentem e vivem ao longo de vinte e quatro horas de buscas por um só local que parece cada vez mais distante.
Através do conflito interior de dois adultos que se culpam entre si pelo sucedido e que acabam por se atropelar pelas
decisões tomadas para o que enfrentam no presente, estes dois tugas deixamse chegar perto de quem segue as suas vidas através das palavras porque são seres simples e podem ser qualquer um de nós num país que não conhecemos.
Com recurso ao humor para desanuviar as situações mais constrangedoras, Adolfo mostra que não chegou à literatura para brincar aos livros e para vender uns exemplares e voltar a recolherse no seu mundo.
Este português desconhecido dos seus tem muito para dar, tal como todos poderemos ter quando nos auto encontramos ao longo da vida,
Será que precisamos de nos perder para conseguirmos reencontrar o eu próprio de que tanto gostamos e voltarmos a ser felizes como sempre desejamos e onde queremos Pois, uma boa questão que Adolfo me colocou com esta leitura!
Um livro leve, com uma história simples e bem elaborada através do encadeamento que lhe é dado.
Ao longo destas quasepáginas vários foram os momentos em que fiquei a pensar sobre o que ia acontecendo porque as coisas simples podem acontecer a qualquer um, seja de uma maneira ou de outra e acabei por me rever naquelas personagens onde também encontrei pessoas com quem me cruzo no meu diaadia.
Sentirme vivo e presente através das palavras de outra pessoa que não me conhece é agradável e isso só mostra que quem escreve está atento à sociedade e a todos os movimentos que andam à sua volta.
Um livro aconselhado para quem gosta de experimentar novos estilos literários e que prefere ter um livro leve como companheiro e não histórias pesadas.
Ricardo Adolfo ainda não tem o público e os tops consigo mas já me conquistou para novas leituras!
Uma mensagem que me ficou na memória.
. . Fugir dos problemas não é a solução porque quando isso acontece outros entraves vão aparecer pelo nosso percurso, acabando por barrar as ideias de salvação que começaram a aparecer.
Um livro que vale muito a pena, de um dos escritores portugueses mais brilhantes de todos os tempos, .
Opinião aqui sitelink flamesmr. blogspot. pt PT Um casal a morar no estrangeiro, como imigrante ilegal, perdese um dia na grande cidade e vêse aflito para voltar a casa.
Não falam a língua dos autóctones, nunca se aventuraram fora da rota estabelecida, e não percebem nada do que falam, quando pedem direções.
Essencialmente, é a história deste livro, escrito por Ricardo Adolfo depois de "Mizé",
Como o livro anterior, continua a ser um romance urbano, mas desta vez tem a ver com os que têm de imigrar para encontrar melhores condições de vida.
A história passase num período dehoras, e para além do isolamento social de uma sociedade que não conhecem, é também o isolamento mental e o que as pessoas pensam quando estão perante uma realidade que ignoram e imaginam coisas horríveis.
O autor, que vive fora de Portugal, imaginou como essas pessoas vivem, num mundo totalmente estranho, mas o método por vezes pode levar à confusão e ao cansaço.
Teve alturas em que me cansei de ler, e achei aborrecido, mas o assunto é pertinente e valeu a pena escrever sobre isso, Mas um pouco mais de convencionalismo, neste caso em particular, não teria sido mau de todo, Mas é apenas uma opinião pessoal, Só não merece pontuação máxima pela "falta de substância" na história, porque adorei a escrita e quero voltar a ler coisas da sua autoria.
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