Grasp A Escola Do Paraíso Developed By José Rodrigues Miguéis PDF

on A Escola do Paraíso

bom este livro. Não é um livro cativante no sentido de dar vontade de ler tudo de seguida, Mas é um livro extraordinariamente bem escrito direi isto de todos os livros do José Rodrigues Miguéis, E o livro está bem escrito no sentido de ter um vocabulário muito bem aplicado, e bonito pois as palavras são muito bem escolhidas, e reflectir bem a densidade psicológica da personagem principal, um rapaz desde o nascimento até aosanos, altura em que se dá ode Outubro, isto não é um spoiler porque é bastante irrelevante para a história.


Uma
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das maiores falhas do livro é não haver propriamente uma história, há um fio condutor que é a vida de uma família pobre e a evolução psicológica do terceiro, e último, filho com uma relação muito próxima com a mãe.
Cada capítulo conta histórias largamente desligadas entre si tirando serem seguidas cronologicamente, Não sei se o romance foi originalmente publicado em algum jornal, mas pode ser a razão para a estrutura do livro.


Uma característica engraçada da narrativa é que passa tudo ao lado da personagem principal porque não tem idade para compreender as situações.


A Escola do Paraíso é sobre Lisboa no início do século XX, Embora tenha vivido sempre em Lisboa, para mim a cidade descrita é outra cidade qualquer, até porque não tive assim tanto contacto com as zonas mais antigas.
Mas gostei muito de reler o que era Lisboa háanos atrás, Há anos que procurava este livro e finalmente consegui encontrálo, há dias, num alfarrabista,
É um delicioso retrato da infância de Gabriel e da sua vida familiar, na Lisboa do início do século XX, apanhando o regicídio, a implantação da república e os primeiros anos subsequentes.
São um conjunto de episódios que retratam de forma deliciosa a vida de Gabriel em Lisboa, com as mudanças de casa que a família teve Castelo, Graça e Charca e tudo o que isso implicou e com incursões nos percursos dos pais do miúdo, ele galego, ela beirã, que muito novos vieram para Lisboa tentar a sua sorte.
Um belíssimo retrato de época, Acabei hoje esta livro de um autor português que desconhecia e que muito me agradou, Fiquei especialmente impressionado pela sua capacidade de colocar em palavras sentires e emoções de uma forma pouco comum e muito efectiva.


De resto a sua prosa, autobiográfica, neste caso, levanos até uma Lisboa de início do século XX que me fascinou.
Afinal sou também eu lisboeta, de uma outra geração, que guardou as memórias do último quartel do século, da cidade das décadas de,,.
E adorei por isso comparar recordações dos mesmos locais em épocas quase contíguas mas mesmo assim diferentes,de Fevereiro de,de Abril deede Outubro desão três datas de acontecimentos históricos ocorridos em Portugal durante a infância de Gabriel, um menino que vive em Lisboa com os pais e dois irmãos.

O narrador, omnisciente, mostranos o mundo na visão de uma criança e simultaneamente a vida das pessoas vindas das aldeias para a capital.


José Rodrigues Miguéis é um mestre da palavra que escreve em português, sobre Portugal, sobre os portugueses sem mariquises pseudopoéticas, nem originalidades estruturais de meiatigela.
Chato, pois é José Rodrigues Miguéis recorda a sua primeira infância num dos melhores romances portugueses, A cidade do princípio do século, os primeiros automóveis, a cidade iluminada a gás, dos teatros do Príncipe Real, do animatógrafo, a cidade que acabava na Rotunda, para lá os campos de corridas ao Campo Grande.


Os hábitos, a carbonária, a aristocracia decadente, o regicídio e a proclamação da I República.
As profissões, os portugueses e galegos que chegavam à capital, Tudo contado magistralmente pelos olhos de um menino que cresceu a ver o brilho do sol das sacadas pombalinas viradas ao Tejo.
Menino que reteve minuciosamente a memória das cores, dos cheiros, das gentes e de tudo quanto foi sendo, intensamente, o seu mundo.
Já tinha lido este romance há uns anos, sendo esta uma segunda leitura,
É um belo retrato da infância e da minha Lisboa, mesmo com a história a se passar há mais deanos final da Monarquia/início da I República, identificome e identifico a minha cidade em muitos trechos.

Em particular, quando a acção se passa na Rua da Saudade,
Muito bem escrito.
Um retrato da cidade de Lisboa no início do século XX e a evocação de um período da História que abarca os últimos tempos da monarquia, o regicídio e a Implantação da República, apresentados sob o olhar de uma criança.
Muito provavelmente uma evocação da infância do autor,
São várias histórias que se sucedem e encadeiam para formar o romance, Escrita detalhista mas fluida, transparente e sem floreados estilísticos mas requintada e graciosa,
Adorei ler este livro e é para mim incompreensível que este autor esteja tão esquecido
Mea culpa de só agora ter lido uma obra sua.
Tenho de agradecer ao clube de leitura terme impelido para a sua descoberta,

Sim, ia fugir mas não sabia de quê, Talvez deste mundo atormentado, da morte que espreitava a cada canto, ou da vida, que começa no sangue e acaba em sangue.
E para onde ia Não tinha para onde ir, O paraíso a idade de ouro, o sonho nada disso existia fora dele, Estava dentro da vida e não podia fugirlhe, Alguma coisa mais do que um homem morrera ali: um tempo, a sua infância,
JOSÉ RODRIGUES MIGUÉIS nasceu em Lisboa, ade Dezembro de, Formou se na Faculdade de Direito de Lisboae foi um dos fundadores da revista Seara Nova, Advogou, foi professor do ensino secundário, presidente da Segunda Liga da Mocidade Republicana e co director do jornal O Globo.
Licenciou se em Ciências Pedagógicas na Universidade de Bruxelase fixou residência nos EUAcomo redactor associado da Readers Digest e, posteriormente professor universitário.
Escreveu contos, romances, novelas e peças de teatro, Apesar de quase toda a sua produção ter sido escrita longe da pátria o que explica a preferência por temas do exílio e da emigração, mantém o humorismo magoado, a simpatia humana e o lirismo tipicamente JOSÉ RODRIGUES MIGUÉIS nasceu em Lisboa, ade Dezembro de.
Formou se na Faculdade de Direito de Lisboae foi um dos fundadores da revista Seara Nova, Advogou, foi professor do ensino secundário, presidente da Segunda Liga da Mocidade Republicana e co director do jornal O Globo.
Licenciou se em Ciências Pedagógicas na Universidade de Bruxelase fixou residência nos EUAcomo redactor associado da Readers Digest e, posteriormente professor universitário.
Escreveu contos, romances, novelas e peças de teatro, Apesar de quase toda a sua produção ter sido escrita longe da pátria o que explica a preferência por temas do exílio e da emigração, mantém o humorismo magoado, a simpatia humana e o lirismo tipicamente portugueses.
São suas obras principais: Páscoa Feliz, Prémio Casa da Imprensa, Onde a Noite Se Acaba, Saudades para Dona Genciana, Léah e Outras Histórias, Prémio Camilo Castelo Branco, A Escola do Paraíso, a peça de teatro O Passageiro do Expresso, Gente da Terceira Classe, É Proibido Apontare O Milagre Segundo Salomé.
Foi condecorado pela Presidência da República com o Grande Oficialato da Ordem de SantIago da Espada, em, Faleceu ade Outubro de, em New York, sitelink.