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Alvaro Athayde:"A compreensão do que aconteceu em Portugal e no Brasil no fim do século XVIII início do século XIX é fundamental para a compreensão da história destes países nos séculos XIX, XX e XXI.
E este romance ajudanos a compreendêlo, Gostei muito!
Agora que o título é um pouco enganador lá isso é!
E éo porque a “Conspiração dos Fidalgos” não é senão um dos episódios da vida do herói, o bahiano Miguel Herculano Bastos da Costa, nascido emno Engenho de Nossa Senhora da Conceição, na antiga Capitania da Bahia, e falecido emno Convento de Santo António, no Rio de Janeiro.
E o nosso herói teve uma vida aventurosa, olá se teve! Da primeira vez que tentou atravessar o Atlântico naufragou, mas depois atravessouo quatro vezes e mais e mais incluindo a “Conspiração dos Fidalgos”
Mas o que mais me divertiu foi a descrição das venturas e desventuras de um bahiano no Reino, Portugal, que não pude deixar de as comparar com as venturas e desventuras de um angolano na Metrópole, Portugal, as minhas venturas e desventuras.
. . e não é que há muita coisa que está, estava em, talqualmente na mesma
A linguagem é rica e curiosa nem é bem o português de Portugal, nem é bem o do Brasil, pelo menos aquele a que estamos habituados e a edição paperback cuidada.
A ler"!
Graça Carvalho:"Excelente, Baseandose em alguns dados históricos, faz o retrato de uma época, que em muitos aspetos se mantêm nos dias de hoje.
Põe também em evidência as especificidades das culturas portuguesa mais conservadora e "cinzentona" e brasileira mais "leve e solta".
Lêse muito bem, com uma escrita agradável e corrida,
Vale a pena, sim"!
Ângelo:"Um livro notoriamente dividido em duas partes bem distintas, na primeira parte o autor, Alexandre Rocha explora a vivência de Miguel Herculano personagem principal num engenho de açúcar, os engenhos poderíamos associalos a pequenas vilas de vida autómato.
Assistimos ao crescimento do menino Miguel, filho do dono de um engenho que vai desfrutando daquilo que a vida lhe oferece, a sua curiosidade levamno a descobrir e explorar os costumes dos habitantes da senzala mantendo contactos com a cultura dos escravos do engenho da Nossa Senhora da Conceição, esta atitude terá consequências que se manifestaram ao longo de todo o romance.
Uma segunda parte passada maioritariamente no reino, Lisboa, onde Miguel o herói da história, se envolverá na conspiração dos fidalgos de uma forma muito “inocente”, que dá o nome ao livro.
Aqui a trama atinge picos assinaláveis, bem estruturada, bem delineada e com um toque de policial pelas entrelinhas, uma parte que adorei ler.
Acompanhar Miguel nas suas aventuras é muito interessante, a sua amizade com Bocage e outras personagens estão bem conseguidas.
Um livro bem escrito de uma leitura fluída e agradável, A primeira parte foi a que menos me cativou, talvez pela sensação de repetição de ideias que em mim gerou.
A segunda parte muito mais elabora, a nível contextual, com um grau mais complexo na componente histórica.
No início, Alexandre Rocha, explora o moral uma constante luta entre o científico e a crença no espírito de Miguel que se pretende transpor para o leitor, deixando este decidir qual a melhor opção para si.
Uma componente crítica muito forte está presente, na segunda parte do livro, ao sistema judicial implementado na época e que pouco se modificou através dos tempos decorridos, uma crítica à nossa posição cultural quiçá.
. .
A multiplicidade de histórias que se passam no reino e a sua ligação com o passado de Miguel, são muito bem conseguidas.
Personagem bem elaboradas e contextualizadas,
É um livro onde a vida do Miguel dava isso mesmo, . . um livro, repleto de desgostos e tragédias mas sempre com aquele sabor que essa sorte um dia mudaria e Miguel teria o que todos nós desejamos: a sorte, o amor, a felicidade.
. . é um constante agridoce este romance, Uma estreia muito boa deste jovem autor,
Um final muito interessante que vale a pena reler",
Andreia Silva:"Desconhecendo por completo o autor e o seu trabalho, e aliado ao título e à frase que surge na capa do livro foi com algum receio que dei inicio a mais uma leitura do clube Bertrand! Posso desde já afirmar que a frase bem como o título que se lhe sobrepõem em nada têm a ver com o livro! É claro que, na realidade, há de facto uma conspiração mas, não é o foco central deste livro de épocaquaseromancehistórico.
Seguimos a história de Miguel Herculano, brasileiro, que vive num Brasil que despreza a raça negra e sublima a raça caucasiana.
Não tem ambição qualquer em criança mas sabe que um dia seguirá viagem até ao Reino, esse país distante que dizem ser maravilhoso, chamado Portugal! Pelo meio apaixonase perdidamente, tem a desilusão amorosa que o destrói por dentro mas não o mata.
Em Portugal tornase próximo da corte onde o amor lhe volta a bater à porta e onde se vê envolvido na tal conspiração que, por sinal, é resolvida até de forma bastante eficaz e rápida! Digamos que é, na realidade, um pouco irreal!
A escrita de Alexandra Rocha deixoume dividida, uma vez que é, ao mesmo tempo, descontraída e leve e rebuscada e aprimorada! Contém, como um bom romance histórico ou apenas um romance de época, termos usados pelos cidadãos da altura, mas contém também, nas descrições, palavras ditas difíceis daquelas que nos fazem mesmo ir ao dicionário.
Não foi um ponto que me desmotivou, porque os personagens estavam bem construídos e bem integrados numa história que, no fundo, até foi de entretenimento!
Confesso que não estava a entender a contextualização da parte do livro que se passa no Rio de Janeiro na actualidade, visto que é raramente falado, tendo apenas uma referência no inicio onde a história de facto se inicia e mais lá para o fim! À parte disto, tenho a referir que adorei o final e que este me deixou com um sorriso nos lábios".
Um livro notoriamente dividido em duas partes bem distintas, na primeira parte o autor, Alexandre Rocha explora a vivência de Miguel Herculano personagem principal num engenho de açúcar, os engenhos poderíamos associalos a pequenas vilas de vida autómato.
Assistimos ao crescimento do menino Miguel, filho do dono de um engenho que vai desfrutando daquilo que a vida lhe oferece, a sua curiosidade levamno a descobrir e explorar os costumes dos habitantes da senzala mantendo contactos com a cultura dos escravos do engenho da Nossa Senhora da Conceição, esta atitude terá consequências que se manifestaram ao longo de todo o romance.
Uma segunda parte passada maioritariamente no reino, Lisboa, onde Miguel o herói da história, se envolverá na conspiração dos fidalgos de uma forma muito “inocente”, que dá o nome ao livro.
Aqui a trama atinge picos assinaláveis, bem estruturada, bem delineada e com um toque de policial pelas entrelinhas, uma parte que adorei ler.
Acompanhar Miguel nas suas aventuras é muito interessante, a sua amizade com Bocage e outras personagens estão bem conseguidas.
Um livro bem escrito de uma leitura fluída e agradável, A primeira parte foi a que menos me cativou, talvez pela sensação de repetição de ideias que em mim gerou.
A segunda parte muito mais elabora, a nível contextual, com um grau mais complexo na componente histórica.
No início, Alexandre Rocha, explora o moral uma constante luta entre o científico e a crença no espírito de Miguel que se pretende transpor para o leitor, deixando este decidir qual a melhor opção para si.
Uma componente crítica muito forte está presente, na segunda parte do livro, ao sistema judicial implementado na época e que pouco se modificou através dos tempos decorridos, uma crítica à nossa posição cultural quiçá.
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A multiplicidade de histórias que se passam no reino e a sua ligação com o passado de Miguel, são muito bem conseguidas.
Personagem bem elaboradas e contextualizadas,
É um livro onde a
vida do Miguel dava isso mesmo, . . um livro, repleto de desgostos e tragédias mas sempre com aquele sabor que essa sorte um dia mudaria e Miguel teria o que todos nós desejamos: a sorte, o amor, a felicidade.
. . é um constante agridoce este romance, Uma estreia muito boa deste jovem autor,
Um final muito interessante que vale a pena reler, PT sitelink blogspot. pt/a sitelink blogspot. pt/
Escrever uma opinião sobre este romance vai ser uma tarefa um pouco difícil, já que o li em duas partes, com um intervalo bastante grande pelo meio, Mas vou tentar ser o mais objectiva possível.
"A Conspiração dos Fidalgos" foi sugerido como leitura para o Clube de Leitura de Braga, pelo próprio autor que esteve presente no dia da discussão, juntamente com os membros do clube.
Não é segredo nenhum que o romance histórico está longe de ser o meu género literário favorito, mas como gosto sempre de experimentar novos terrenos, foi com curiosidade que iniciei esta leitura.
O livro, por si só, está praticamente dividido em duas partes, uma no Brasil, e outra em Portugal.
As duas têm tons narrativos bastante distintos, que acompanham, de certa forma, a evolução da personagem e, claro, as diferenças sociais e culturais de cada local.
O que mais gostei na primeira parte foi da descrição da vida na fazenda e depois, na segunda parte, o contraste com a vida na corte.
No entanto achei a primeira parte um pouco fantasiosa demais, especialmente quando o protagonista ficou preso numa ilha.
Toda a situação me fez lembrar o "Vida de Pi" e falhou em ser tão profundo quanto este.
Também não apreciei o facto de o autor, deliberadamente, nos esconder acontecimentos que mais tarde foram revelados do nada, e que, segundo a narrativa, deveriam ter sido mostrados anteriormente .
Outra coisa que me incomodou na primeira parte foi o desfecho do romance, Aquele desenlace surgiu do nada, pois nada fazia prever que a rapariga fosse fazer algo semelhante ao protagonista, Felizmente na segunda parte isto foi resolvido mas ainda assim ficou o amargo do antigo romance cujo término não me convenceu.
Por outro lado gostei muito de como o autor retratou a família e o relacionamento familiar do protagonista.
Passando à segunda parte, já em território português, a história tornouse mais dinâmica mas também um pouco mais sombria, mais cheia de intrigas, como convinha à vida na corte.
Aqui o romance foi muito melhor conseguido e a história fluiu bem, apesar de em momentos os acontecimentos serem muito convenientes, Gostei da visão do autor sobre a Conspiração.
Só me fez um pouco de confusão a quantidade de personagens que surgiram e que acabaram por se atropelar, já que não havia possibilidade de dar protagonismo a todas.
Só não achei muito credível a forma como o protagonista falava com os monarcas, como se fossem amigos.
Pareceme um pouco fantasioso demais, mesmo depois de toda a Conspiração ter acontecido,
O fim dado à família do protagonista foi bem conseguido e até inesperado, o que acabou por ser bom para a trama.
Já a cena da vingança me pareceu excessivamente longa e preenchida de personagens e acontecimentos sem grande relevância.
Do que não gostei menos neste livro, foi da situação das 'vidas passadas' e 'vidas futuras'.
Achei toda a trama irrelevante, inconsequente e sem grande interesse, A história teria tido o mesmo ou ainda mais impacto sem a história paralela no tempo presente.
Afinal de contas o leitor, a determinada altura, já nem se recordava que existia essa 'vida paralela'.
A prosa do autor é bastante atractiva e as suas descrições, na maioria das vezes, não são exageradas, dando vida aos locais e situações.
No entanto tem um tom um pouco romântico de mais para o meu gosto e perdiase demasiado com filosofias, em situações que as faziam soar forçadas.
Também achei que certos diálogos soavam demasiado modernos, com palavras que não se encaixavam no tempo, e atitudes pouco convencionais.
Tenho é de deixar uma nota de apreço pelo facto de o texto do autor ser português de Portugal.
Não tenho nada contra o português do Brasil, mas foi uma surpresa agradável ler assim e ver todas as palavras pouco conhecidas explicadas em pequenas notas de rodapé serei eu a única a gostar de notas de rodapé, quando estas auxiliam o texto.
Em suma, este livro foi uma leitura interessante e onde se vê a paixão do autor pelo romance histórico onde é possível visitar um Brasil ainda colonial, e um Portugal ainda governado pela monarquia, de forma corriqueira e sem grandes pretensões.
Não foi um livro excepcional, mas satisfezme, e teve cenas marcantes, com personagens interessantes, .
Acquire A Conspiração Dos Fidalgos Documented By Alexandre Rocha Contained In Version
Alexandre Rocha